quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A praia, o príncipe e a princesa


Esse texto não é meu, foi minha sobrinha Bárbara quem o escreveu para participar de um concurso da Seduc. E não é que a danadinha se saiu tão bem que foi publicado? com direito à manhã de autógrafo? Pois bem, a madrinha (eu), toda orgulhosa, faz questão de dividir com vocês.

"Uma princesa e um príncipe, num lindo lugar, num lindo dia de sol, estavam disputando para saber qual era e de quem era o melhor território para a construção de seus castelos. A rainha, soberana do lugar, com um maravilhoso e longo traje colorido, estava ali deitada, tirando seu sono de beleza junto ao rei, até o momento em que o mordomo viria trazer o almoço fino, digno da princesa e do príncipe que pararam um pouco a dura construção de seus castelos e foram sentar-se para o almoço.


Quando estavam quase acabando a refeição, um ruído espantou a princesinha e o príncipe, que largaram as taças que estavam nas mãos e foram correndo ver o que estava acontecendo.


Uma caravela! Quem sabe não navegavam nela um duque, ou mesmo um rei, um príncipe e outras princesinhas. Quem sabe precisassem de ajuda? Poderiam estar perdidos, ou poderiam ser as irmãs da grande rainha soberana, que sempre traziam mimos de presente, como aquelas ferramentas para construir castelos.


Não! O príncipe já arrancando a espada da cintura, gritava... Dizia que era uma ameaça de invasão ao território e a caravela estava cheia de piratas, que roubaram a mesma e, agora, queriam apoderar-se dos lindos castelos que acabavam de ser construídos.


Cada qual com sua opinião, discordando um do outro mais uma vez. Ficavam assim, cada qual do seu lado do reino que, agora, finalmente, estavam terminados. A disputa desta vez era para ver qual havia ficado mais bonito.


Olhavam a caravela e esperavam ansiosamente para ver quem teria razão.


Sumiu, passou. Quem sabe aquela não era só mais uma caravela. A rainha soberana, vendo aquela cena, chamou seu lindo príncipe e sua princesinha para darem uma volta a cavalo.


O que não é a imaginação de duas crianças...


Dois irmãos que fizeram da praia, um reino; da areia, um castelo; do copo descartável, taças; do biquini da mãe, um longo vestido; de um queijo coalho, um almoço digno de príncipes e princesas; de um navio, uma caravela com príncipes ou piratas; e do carro, na volta para casa, um ótimo passeio a cavalo.


Essas crianças nunca se esquecerão, com certeza, de Santos, das férias, da praia ou do reino e, talvez, até voltem daqui um tempo, com seus próprios filhos, seus príncipes e princesinhas."


Por Bárbara de Barros Gonze